> Novos integrantes de maio

Yeyyyyyyyy! Mais um texto para vocês da categoria Novos Integrantes, o que significa que o Depois Que Li já está no ar há mais de um mês. É muita emoção dentro de uma pessoa com estatura de 1,53m, fato!

Maio foi cheio dos compromissos apitando na tela do iPhone e com boas doses de café espresso para aguentar o vai e vem da vida. Não deu tempo de ir ao cinema e nas livrarias, não consegui treinar ou correr no parque, e também não dormi a mesma quantidade de horas que os meus gatos ostentaram. Em compensação, adquiri contatos e conhecimento na minha área profissional, andei pela 25 de Março em pleno sábado com a irmã, comi coxinha e abusei dos looks perfeitos para o outono.

Por isso, a maioria dos livros que comprei neste mês foram recebidos dentro de caixas ou embrulhos, após várias pesquisas de preços em diversos sites. Abaixo, coloquei o link de cada livro nos títulos das obras para que vocês os encontrem com um preço bem bacana.

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A Teoria de Tudo, Jane Hawking

Estava de olho nesse livro desde o lançamento do filme baseado na vida do físico teórico Stephen Hawking, mas o preço dele estava um pouco salgado. Aí… numa daquelas promoções malucas do Submarino, achei ele por R$ 19,95, na época, com 50% de desconto. Não pude não deixar de comprá-lo, até porque, já comentei com vocês que amo ler biografias. O livro foi escrito por Jane Hawking, a primeira esposa do físico teórico, e publicado em 2014 no Brasil pela Unica Editora.

Quando assisti A Teoria de Tudo, me emocionei pela forma que a história de amor – pelo outro, pela família, pela ciência e pela vida – é contada, e chorei quando vi a reação das pessoas envolvidas no filme quando Eddie Redmayne, ator britânico e responsável por interpretar Stephen Hawking no longa, ganhou a estatueta de melhor ator neste ano.

Agora, alguém adivinha quantas lágrimas eu derramarei quando ler A Teoria de Tudo?!

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Abro um parêntese agora para registrar a minha opinião sobre a cerimônia realizada todo ano pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Por mais que me digam que todo ano é a mesma coisa, que tal ator ou atora já passou pelo tapete vermelho milésimas vezes, e que acordarei atrasada no outro dia para trabalhar, nunca deixo de acompanhar a chegada dos convidados pelo tapete vermelho até a entrega da estatueta mais cobiçada da festa: a de melhor filme. Para mim, uma apreciadora da sétima arte, é incrível ver a fisionomia dos atores ao saber que eles foram os vencedores, ou, simplesmente, ver algum cantor reinventar uma cena de um filme antigo. Fiquei com os pelinhos dos braços arrepiados quando vi o elenco do filme Os Miseráveis cantar “One Day More” na cerimônia realizada em 2013, e chorei quando vi Eddie Redmayne ganhar o Oscar este ano.

O Pianista, Wladyslaw Szpilman

Agora, com o parêntese fechado, neste mês eu li duas obras que têm o Holocausto como plano de fundo de suas histórias: Dois irmãos, Uma Guerra O Menino do Pijama Listrado. Sempre que leio qualquer tipo de material sobre esse tema, lembro do filme O Pianista, vencedor em três categorias do Oscar 2003: melhor ator, direção e roteiro adaptado.

Conversando sobre o tema com alguns amigos, soube da existência do livro que deu origem ao filme. Logo, pesquisei o título em diversos sites, mas na maioria deles, o livro já estava esgotado. Mais uma vez, o Submarino me salvou! Foi o único site que o encontrei, e ainda por cima, com um preço camarada: R$ 15,21. Se você ainda não tem O Pianista em sua lista de livros, corre para o site e compre, pois são as últimas unidades!

Publicado em 2008 pela editora Best Bolso, o livro registra a história do jovem e talentoso pianista Wladyslaw Szpilman e as memórias recuperadas de seus parentes que viviam na periferia de Varsóvia, durante a Segunda Guerra Mundial. O autor também narra a deportação e morte de toda a sua família, característica que considera a obra um documento emocionante sobre o Holocausto.

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A Violoncelista, Michael Krüger

Descobri A Violoncelista através da promoção feita no começo de maio pelas editoras Companhia das Letras e Objetiva. A história do livro, escrita pelo autor Michael Krüger e publicada em 2002, se passa em uma cidade alemã, e tem como personagem principal um músico alemão com o sonho de escrever uma ópera baseada na obra do poeta russo Ossip Mandelstam. Porém, a vida calma que o músico de cinquenta anos leva está prestes a ser abalada com a vinda de Judit, a filha de 23 anos de uma ex-namorada húngara.

Comprei esse livro no site da Livraria Cultura por R$ 21,00, mas o seu preço original é R$ 42,00. Entretanto, em outros sites, é possível achá-lo por R$ 27,50.

#GIRLBOSS, Sophia Amoruso

Quando soube desse livro, fiquei curiosa em saber como Sophia Amoruso transformou a sua carreira profissional sem graça em um negócio que representa a sua essência e, ainda por cima, lhe dá muito dinheiro. Para quem não sabe, a autora é dona da marca Nasty Gal, que atualmente possui loja virtual e uma física em Los Angeles (Chique e ryca, apenas!).

Como disse, a curiosidade foi tanta que comecei a ler ele assim que chegou em casa. Como escrevi na resenha, #GIRLBOSS é um livro que nos instiga a pensar em possíveis formas de planejar e divulgar os nossos projetos e negócios. É impossível ler e não ficar inspirado com as observações e frases de Sophia Amoruso. A leitura é bem fácil e deliciosa, dessas que a gente devora em poucos dias. Super recomendo para os leitores que sonham em ter o seu próprio negócio.

Clique aqui para ler a resenha desse livro.

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Sonhos Rebobinados, Humberto Werneck

O que eu era antes de ler as crônicas de Drummond e Bukowski? Quase nada. E o que será de mim depois de conhecer as crônicas de Humberto Werneck?

Neste livro, publicado em 2014 pela editora Arquipélago, um dos maiores cronistas do país rebobina as suas memórias para escrever sobre temas variados, ao mesmo tempo em que brinca com as palavras e retrata pessoas e situações inesquecíveis. Como diz a sinopse do livro, “são narrativas infalivelmente divertidas, mesmo que às vezes produzam um riso levemente melancólico.”.

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Mate-me Quando Quiser, Anita Deak

Esse foi o único livro que comprei na livraria este mês. Sabe aquele momento em que você entra na livraria e se interessa pela história apenas por ler o seu título? Pois é…

Assim que li a sinopse de Mate-me Quando Quiser, me senti cúmplice da história da mulher que planeja o seu próprio suicídio, tendo como primeiro passo do seu plano a contratação de um matador de aluguel para matá-la na bela cidade de Barcelona. Publicado no ano passado pela editora Gutenberg, esse livro me deu a esperança de encontrar uma surpreendente mudança na história de vida de seus personagens. Espero que Anita Deak não me decepcione.

Meus Desacontecimentos: a História da Minha Vida com as Palavras, Eliane Brum

Por ser escrito pela jornalista Eliane Brum, isso já era o suficiente para eu comprar esse livro. No entanto, assim que soube que essa mesma obra é a autobiografia da mulher que vive para registrar as histórias de pessoas anônimas, tive que me segurar para não pagar o frete mais caro da compra, só para tê-lo perto de mim o mais rápido possível.

Certo dia, me falaram que livro bom é aquele que a gente devora e guarda pros melhores momentos da vida. Eu concordo. Mas o que não me disseram é que a biografia de Eliane Brum era um desses bons livros. Ainda bem que descobri ele a tempo de levá-lo na mochila na minha próxima viagem.

Leia a resenha desse livro aqui.

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Caso Perdido, Carl Hiaasen

Ficção Policial, jornalismo investigativo, indústria fonográfica e um caso cheio de mistérios e pontos questionáveis. Como não se interessar pelo livro Caso Perdido assim de saber os seus ingredientes? Não dá, não deu.

A obra é beeeem carinha, seu valor original é R$ 64,00, mas era um dos títulos que também estava na lista da promoção da Companhia das Letras e Objetiva, pelo preço de R$ 32,00. Porém, no site da Estante Virtual, é possível encontrá-lo em vários sebos cadastrados a partir de R$ 10,00. Como gosto de livros sem rasuras e anotações, comprei o meu exemplar através da Estante Virtual, no sebo Abelivros, por apenas R$ 18,00, já com o frete incluído! Se toda compra fosse nesse valor, já teria mais de 500 livros na minha estante, fato! Rs.

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A Poeira dos Outros, Ivan Marsiglia

Ivan Marsiglia é formado em jornalismo e já trabalhou em diversas redações de revistas. Seu livro, A Poeira dos Outros, reúne vinte reportagens de sua autoria, sendo que, 17 foram publicadas no Estado de São Paulo, duas na revista Trip e uma na Playboy. Um dos objetivos do autor ao escrever esse livro é o de contar histórias que revelem aos seus leitores episódios obscuros do passado – e também do presente – do nosso país.

Li várias resenhas desse livro antes de comprá-lo, e em todas, ele é recomendável por ser um livro de reportagem que vale a pena ler. Além disso, o encontro do jornalista com uma onça na beira de uma rodovia é uma das reportagens do livro mais comentada, justamente por evidenciar as características e estilo literário de Marsiglia.

Gostaram dos integrantes de maio? Alguém já leu algum deles? Qual vocês sugerem que eu comece a ler AGORA? Deixem suas opiniões e sugestões nos comentários para eu saber de tudo!

Aquele abraço de sempre! 

> Meu amor vestido de abadá

Estava entre os meus 16 ou 17 anos e na minha segunda micareta. Não lembro muito bem do motivo que o fez sentar ao meu lado na volta, mas ele estava ali. O dia tinha sido ótimo, mas como disse para mim mesma quando cheguei em casa, o melhor tinha ficado para o final. Que vibe.

Ele se apresentou, eu em seguida. Conversamos um pouco e o beijo aconteceu. Conversamos mais e nos beijamos novamente.

O ônibus chegou ao seu destino e cada um seguiu seu rumo. Ele, com a promessa que me ligaria no número decorado em sua mente. Eu, com a impressão de ter ouvido uma promessa mal sucedida. Pois é, me enganei. Ele ligou no mesmo dia, na mesma noite. Não atendi. Mandou mensagem um tempo depois. Eu respondi.

Assim começou os nossos dialetos. Às vezes amigáveis, ora provocantes. Mas os saudosos era dos que eu mais gostava.

Rolou o nosso segundo encontro, o primeiro na casa dele. Não darei detalhes, é desnecessário. Mas que encontro, que calor! Nesse dia, me despedi com vontade de ficar lá, ao lado dele, sem pensar em mais nada.

Entre os acontecimentos de nossas vidas, nos vimos em outras micaretas, e claro, marcamos outros encontros. Outras tantas mensagens também foram trocadas ao longo dos anos. Algumas aumentavam a vontade de estar ao lado dele naquele momento, nos próximos meses, nos próximos anos.

Dos diversos encontros marcados, poucos foram realizados. Nas minhas contas foram três. Confesso que a paixão por ele apareceu no meio de nossos beijos, abraços e sussurros no ouvido. E dava sinais de que ficaria por um bom tempo. Porém, ao sair do nosso último encontro, sentia que a história chegava ao fim. A vontade de vê-lo diminuiu, de responder as suas mensagens também. O motivo? Nem eu sei do bendito.

Sei lá, a sintonia já não era a mesma. O desejo se foi. O amor carnal sumiu. Foi triste imaginar, mas acho que ele também sabia que era o fim.

As mensagens não chegaram mais. Os encontros ficaram no passado. As lembranças foram guardadas para um dia serem relembradas ou escritas.

No entanto, o respeito, a admiração e o afeto por ele sobreviveram.

Minto. Eles sobrevivem. E é isso que importa.

> A carta que a vida me enviou

São Paulo, 4 de maio de 2015.

Sabe, eu tenho sido bem complicada nos últimos dias, percebi que sua sinusite está atacada hoje, e, você, abobada com certas coisas. Mas não adianta ficar emburrada, nem ligar o carro e correr pela estrada. Quer um conselho? Tome um banho, coloque o pijama felpudo, e prepare um café na prensa para comer com waffle e geleia. Por quê? Ora, mas que pergunta idiota, dona Roberta! Você sabe bem por quê.

Eu quis que fosse assim. E, acredite, no final você me enviará flores como forma de agradecimento.

Mas, voltando a sua sinusite atacada, lhe darei uma dica: aquele rolê que você planejou fazer no próximo sábado pelos sebos de São Paulo também pode ser feito de forma virtual, já que o compromisso de última hora o cancelou. Claro, não é a mesma sensação de você entrar nos sebos, achar um livro até então desconhecido e pedir um descontinho para o dono do lugar enquanto você está curiosa para saber a história de vida dele. Mas é pegar ou largar. Ou, como você mesma me disse outro dia, “é o que tem pra hoje”.

É muito fácil! Abra o site da Estante Virtual e sua planilha de novos integrantes para sua estante, que aliás, devo admitir: seus livros estão muito bem organizados por assunto e autor. Comece pela obra que você mais deseja, acho que é Vida e Destino, do autor Vassili Grossman, já que Cartas Extraordinárias, publicado pela editora Companhia das Letras, ainda é lançamento e não haverá muitos descontos. Pesquise, pesquise e pesquise. Descubra novos livros, autores e histórias. Esqueça um pouco de mim, esqueça um pouco dos outros, esqueça um pouco dos seus problemas, só hoje vai.

Mas, antes disso, corre na cozinha para não deixar o waffle queimar, será um baita desperdício se você deixar isso acontecer. E a culpa não será minha, muito menos das estrelas.

Por fim, não me leve a sério toda hora, eu tenho meus motivos em ser durona, afinal, você é uma menina cheia de porquês e entretantos. Se eu não fosse tão esperta você já teria tomado meu lugar.

Agora, guarde essa carta e beba seu café quentinho. E enquanto seus novos integrantes não chegam, leia o livro que está bem ao seu lado neste instante. Aposto que terá dificuldades em escrever sobre ele depois, pois trata de um dos seus temas preferidos, mas terá orgulho do seu texto, mesmo que o ache tão simples.

Tenha uma boa semana e não me decepcione. Conto com você.

Abraços,

Vida.

> Um sorriso ou dois (e as reflexões do Lico)

Tenho uma confissão a fazer. Frederico Elboni me deu um beliscão hoje assim que li essa frase: “A dor é sempre passageira, basta lembrar que o piloto é você.”.

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Um Sorriso ou Dois, escrito pelo paulistano Frederico Elboni e publicado em 2014 pela editora Benvirá, é composto por crônicas e contos sobre sentimentos. Sim, aquele efeito que te faz rir, chorar, gritar pela casa ou correr para o abraço, que te impressiona ou comove por algo ou alguém. Discordo um pouco com a frase “para mulheres que querem mais”, existente na capa do livro, pois os textos de Elboni servem para todas e todos.

Não dá para comparar Elboni com Drummond, fato. Porém, seu livro merece um pouco da sua atenção. Em alguns momentos o autor escreve de forma delicada, reflexiva e até conselheira. Entretanto, uma página virada e você pode se deparar com um texto envolvente, com palavras calorosas, remetendo aos prazeres e experiências que as pessoas podem ter em um momento íntimo.

Eu roubo o seu primeiro beijo, peço o segundo, te cobro o terceiro e te convenço a ir para o quarto, beijo.

São crônicas e contos de fácil entendimento, curtos e escritos de forma simples, porém, sem perder a elegância. O mais importante é que a essência de todos eles trazem reflexões sobre as relações que temos ao longo de nossas vidas. Relações amorosas, amigáveis, com nós mesmos.

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Um Sorriso ou Dois são para leitores que gostam de leituras rápidas, porém, atraentes. Pode ser lido em apenas um dia, devido a maneira que o autor nos encanta em suas reflexões e conselhos, como também pode ser apreciado aos poucos e até intercalado com outra leitura densa e complexa.

O autor, que atualmente mora na pacata e linda Santa Catarina, é criador do blog Entenda os Homens, espaço dedicado para mulheres que já se cansaram de ler as chamadas de revistas femininas e não compreenderem o fracasso da dieta da sopa.

Vale a pena ler e reler o prefácio do livro, intitulada de “Um pouco sobre Frederico Elboni”, momento em que o autor registra uma simples, porém bela homenagem ao seu pai já falecido, e revela o motivo que levou o seu pai a chamá-lo de Lico. Um sorriso (ou quantos você quiser) ao descobrir é garantido.

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Não sei se consegui abrir um sorriso ou dois no rosto de vocês enquanto liam esse texto, mas se te fiz pensar em apenas viver a vida e realizar as suas vontades e sonhos, meu primeiro texto já valeu a pena.

Beijos, Rô.

> Quando a vida me deu um tapa na fuça

Adicionei ele quando ainda existia a rede social Orkut. E admito: aquelas 12 fotos postadas no álbum dele foram suficientes para me chamar atenção.

Na época ele era solteiro, alguns anos mais velho que eu, dono de um corpo esbelto e de um dos mais belos pares de olhos azuis que já vi. O cara que todas queriam como namorado, o cara que todos queriam como amigo para chamar atenção do público feminino na balada.

Durante um almoço na empresa descobri que a menina recém contratada estudava com ele, e que, até então não tinha conhecimento, morava a menos de um quilometro da minha casa.

Ele foi dono dos meus pensamentos por um bom tempo. Chamei ele algumas vezes no MSN, mas sem resposta. Deixei alguns scraps no perfil dele, mas em vão. Certo dia, depois de tanto eu insistir um “Oi” dele, a mensagem dele apareceu na tela.

Quando nos encontramos já sabíamos o objetivo e as regras do jogo. Corremos alguns riscos entre os lances, ganhamos e perdemos pontos, mas éramos adolescentes, já fazia parte do script aquela coisa toda. Resultado: empate!

Ficamos um bom tempo sem nos falar depois dele ter me deixado em casa.

Então eu recebi uma mensagem em determinada tarde da semana. Era dele. Eu estava no serviço, ao lado da menina que ainda estudava com ele, mas que não sabia das nossas conversas, nem do nosso encontro. A mensagem era na verdade um convite para sair naquela noite. Nenhum lugar especial, apenas para relembrarmos o nosso primeiro encontro, o nosso jogo.

Quando ele me deixou em casa novamente, pensei na possibilidade de vê-lo outra vez. O clima tinha sido diferente. A nossa conexão tinha mudado. Eu senti isso. Não era mais um jogo. Era um pensamento otimista da minha parte, e por isso mesmo, me deixava nervosa.

Passei os dias seguintes ouvindo as músicas do Charlie Brown Jr., uma das bandas em comum das nossas playlists favoritas.

Então eu dei a pior mancada da minha vida com alguém. Com ele. Não sei o que passou na minha cabeça quando fiz aquilo, poderia ter resistido, ter dito não e voltado a andar sem olhar para trás. Mas fui fraca. A carne foi fraca. A mente foi fraca. Ele não era o homem perfeito, também era colecionador de atitudes irresponsáveis, mas nem por isso eu deveria ter tomado aquela decisão.

Ele logo soube do meu ato… ainda lembro da última mensagem que ele me mandou. Eu, sem direito de resposta, deixei que o tempo tomasse as suas providências.

Eu e ele sabemos o que aconteceu, pois fomos personagens principais dessa história. Outras duas pessoas também sabe dos detalhes. E agora você também sabe um pouco dela.

Ainda dói lembrar o que fiz com ele. Imagino que não teríamos o futuro juntos, nem nossos corpos alinhados perto um do outro no final do dia. Mas…

Já foi. É passado. Virou lição de vida.